Quinta passada, em nossa Sede "Quinta dos Amigos", em uma conversa informal eu e o Romulo falavamos de vinho, nenhum em especifico, até então que comecei a falar dos meus os vinhos que estou vendendo. Os vinhos Mapu e o Rayun, vinhos chilenos e o Temático, vinhos argentinos, recém chegados ao Brasil. Ele me disse que foi a uma degustação na cidade de Americana, a partir daí que surgiu a idéia de fazer uma "entrevista" de sua experiência.
Aproveitem a leitura.
Romulo: Ótima iniciativa Anderson!
Além de vc estar expondo os vinhos, esse blog tb traz boas informações. Aproveitando minha visita, gostaria de comentar uma ótima oportunidade que tive em participar de uma degustação na cidade de Americana, apresentada pela sommelier Marcia Gombos, que escreve uma coluna semanal para o portal IG canal Gourmet – Vinho em notas.
A princípio, gostaria de deixar bem claro que não sou nenhum expert no assunto, apenas comentarei algumas informações q achei interessante. Começamos a degustação com um vinho espumante (diz-se espumante e não Champagne, pois só poderá ser rotulado dessa maneira, desde q tenha sido produzido na região de Champagne, por termos de legislações, etc...), passamos para o vinho branco, rosé, tinto e finalizamos com um vinho licoroso (a mesma regra do “Champagne” serve pro vinho produzido na região do Porto). Não serei chato de comentar sobre os vinhos, mesmo pq tenho preferência por vinhos tintos... Aliás, havia uma ótima garrafa de Carmenère chileno, a uva do momento no Chile!.
Embora muito dos participantes estivessem preocupados com as possíveis combinações vinho-comida, deverá prevalecer o bom senso: vinho branco com carnes brancas, vinhos tintos encorpados com carnes e queijos fortes, e por aí adiante, lembrando que no universo do vinho tudo é possível!
Ao servir uma garrafa, a mesma deverá ser imaginada como parte de seu braço (uma extensão) segurando em volta dela, e não encaixando o polegar na “entrância” do fundo dela como alguns podem achar até mesmo chique, ou, ainda acharem que quanto maior for essa “entrância” mais premiações o vinho recebeu (dizem q faz parte do conjunto anatômico q reforça a garrafa). Controvérsias a parte, fomos testar a habilidade visual (cores, transparências,...) e vimos que quando o vinho gira pela taça ele deixa uma breve camada em sua parede que, ao escorrer de forma rápida ou não, nos informa a graduação alcoólica.
Outra coisa interessante foi saber o motivo pelo qual (já que eu ainda não sabia) o garçom oferece a rolha pra quem bebe o vinho: pra que seja percebido pelo olfato, se o vinho estragou durante o processo de arrolhamento (se sim, a rolha estará com cheiro de papelão molhado...), já que rolhas da casca de sobreiro (espécie de árvore) podem servir de habitat a um tipo de fungo e, se o processo de esterilização da rolha não foi feito de forma correta ela poderá transmitir o fungo pro vinho, e ai já viu.... Por isso alguns fabricantes já estão utilizando outros tipos de rolha, e a tendência será as mesmas usadas na “keep cooler” (pra quem lembra) e até mesmo já usada por algumas garrafas aqui apresentadas em seu blog, pois ela possui um conjunto em sua parte interna, um pequeno lacre que impede a entrada de ar e possível oxidação do vinho (além de não transmitir nenhuma “doença” ao vinho).
Hora dos aromas. O vinho desprende diversos tipos de aromas, e esses aromas estão longe de ser essências adicionadas durante o processo, mas sim substâncias químicas formadas durante o processo de fermentação, e esses compostos químicos formados, poderão ser associados a aromas similares aos que estão presentes em nossa memória olfativa; por isso pode-se dizer que é algo particular: você poderá sentir aroma de manteiga derretida (que não poderá ser discordado!) ou ainda um nuance de pimenta. O que torna interessante é o fato de testar os sentidos, e o que se sente ou deixa de sentir é subjetivo... da mesma forma na degustação.
Primeiro toma-se um pequeno gole pra que sejam estimuladas as papilas e prepará-las pro seguinte gole, aonde o vinho deverá passear pela boca, aí será questão de tempo e hábito pra que se possa apurar esses sentidos.
Pena que o tempo passou tão depressa, era informação pra ficarmos ali sem repetir assunto por muitas horas; um universo que apresenta um “mar” de conhecimentos e por isso é tão interessante. E pra mim, se perguntarem qual é o melhor vinho eu direi: - É aquele que, acompanhado de uma ótima companhia, bons amigos, músicas e um lugar bacana, irá proporcionar toda uma atmosfera de prazer e momentos únicos (é só não empinar a charrete rs).
Anderson, sucesso nessa sua nova empreitada, e como pude já experimentar, os vinhos são excelentes!!!
Marcia Gombos
Formada pela ABS (Associação Brasileira de Sommeliers - Divisão São Paulo), se atualiza constantemente com profissionais renomados do vinho, é habilitada pelo Senac na área de organização e marketing de eventos. Escreve uma coluna semanal para o portal IG canal Gourmet - Vinho em Notas.
Foi convidada a fazer parte do projeto piloto da loja Enoteca Fasano/SP, trabalhando por lá mais de 5 anos. Estagiou no restaurante Parigi e participou de grande eventos como o Vivo Open Air.
É a idealizadora da Tout du Vin, realizando cursos, palestras, desenvolvendo e coordenando eventos entre outras iniciativas voltadas ao mundo do vinho.
“O vinho é um momento de comunhão que une pessoas e faz com que compartilhem momentos eternizados num rótulo.” (Marcia Gombos)
Se você também teve uma experiência igual ou parecida com a do Romulo Neder e deseja expor no meu blog no quadro "Ponto de Vista" mande um e-mail para: andersonvinhosul@gmail.com terei o maior prazer em posta-lo!!!
Adorei a matéria....o Romulo é um ótimo observador e pode passar todos os comentários importantes q escutou na sua degustaçao...e escreveu de uma forma excelente. Parabéns Romulo e Parabens Ander por ter colocado essa matéris.
ResponderExcluirbjs De